Vídeo

Johnny Cash: Man in Black (legendado)

Tempo de leitura: 5 min

A sua voz era “tão grande que fazia com que o mundo parecesse ficar encolhido”. As palavras são de Bob Dylan e descrevem aquele que não só é uma das suas maiores referências musicais, como também um dos artistas mais importantes do século XX. Falamos de Johnny Cash.

Ring of FireI Walk the Line e Folsom Prison Blues são apenas 3 dos temas mais marcantes do cantor e compositor, também conhecido como Man in Black por normalmente se apresentar em palco vestido de preto. A alcunha chegou até a ser usada para dar nome a um álbum e a um tema, lançados em 1971. Com uma carreira de quase 50 anos, Johnny Cash faleceu em setembro de 2003. Para a história ficaram 96 álbuns e mais de uma centena de singles.

As canções de Johnny Cash são o reflexo de uma vida preenchida que não escapou a algumas controvérsias. Depois de uma infância difícil, marcada pelo alcoolismo do pai e pela violência doméstica, e após alcançar um sucesso moderado na década de 50, Johnny Cash começou a ser reconhecido pelo público norte-americano no início dos anos 60.

Todavia, a pressão e o mediatismo levaram-no ao consumo e dependência de anfetaminas e barbitúricos. Apesar da toxicodependência, Johnny Cash nunca deixou de escrever, exorcizando os seus demónios pessoais através da música. Aliás, foi nesta década que o norte-americano compôs aquele que é provavelmente o seu maior êxito, I Walk The Line.

Após um período de decadência, uma tentativa de suicídio e a posterior conversão ao Cristianismo, Johnny Cash voltou à ribalta. Entre 1969 a 1971 teve até o seu próprio programa de televisão e, posteriormente, participou em alguns filmes e séries televisivas como ator. Em 1980, o músico foi introduzido no Country Music Hall of Fame.

Johnny Cash: reconhecimento e novas descobertas

Na altura tinha apenas 48 anos. Contudo, Johnny Cash ainda tinha muito mais para oferecer ao seu público e legião de fãs. A década de 90 foi bastante produtiva e permitiu ao compositor explorar novas áreas através de colaborações com artistas mais novos, angariando também um reconhecimento global nas gerações modernas.

Sendo um dos maiores embaixadores de sempre da música country, Johnny Cash marcou a sua carreira pela voz profunda que influenciou inúmeros artistas, mas também pela exploração descomplexada de sonoridades e assuntos pouco tradicionais, rompendo com as regras e impondo por via do seu talento uma nova forma de fazer música.

Com os discos produzidos pelo mítico produtor Rick Rubin, Johnny Cash elevou a sua obra a outro patamar durante a década de 90 até ao final da sua vida. Com os discos American Recordings (1994), Unchained (1996), American III: Solitary Man (2000), American IV: The Man Comes Around (2002), American V: A Hundred Highways (2006) e, já a título póstumo, American VI: Ain’t No Grave (2010), o cantor manteve vivo não apenas o seu legado, mas também a recordação da voz excecional e sensibilidade única que marcaram todas as suas músicas e interpretações.

Em 2005 foi lançado o filme Walk the Line, que recordou a vida do cantor e, sobretudo, a relação com June Carter. Em 1999, Johnny Cash foi diagnosticado com uma doença neuro degenerativa, permanecendo ativo musicalmente até falecer em Nashville no dia 12 de setembro de 2003.

Man In Black

Well, you wonder why I always dress in black,

Why you never see bright colors on my back,

And why does my appearance seem to have a somber tone.

Well, there’s a reason for the things that I have on.

I wear the black for the poor and the beaten down,

Livin’ in the hopeless, hungry side of town,

I wear it for the prisoner who has long paid for his crime,

But is there because he’s a victim of the times.

I wear the black for those who never read,

Or listened to the words that Jesus said,

About the road to happiness through love and charity,

Why, you’d think He’s talking straight to you and me.

Well, we’re doin’ mighty fine, I do suppose,

In our streak of lightnin’ cars and fancy clothes,

But just so we’re reminded of the ones who are held back,

Up front there ought ‘a be a Man In Black.

I wear it for the sick and lonely old,

For the reckless ones whose bad trip left them cold,

I wear the black in mournin’ for the lives that could have been,

Each week we lose a hundred fine young men.

And, I wear it for the thousands who have died,

Believen’ that the Lord was on their side,

I wear it for another hundred thousand who have died,

Believen’ that we all were on their side.

Well, there’s things that never will be right I know,

And things need changin’ everywhere you go,

But ‘til we start to make a move to make a few things right,

You’ll never see me wear a suit of white.

Ah, I’d love to wear a rainbow every day,

And tell the world that everything’s Ok,

But I’ll try to carry off a little darkness on my back,

‘Till things are brighter, I’m the Man In Black.

Deixe uma resposta