Redação RBA – De acordo com o IBGE, 12 milhões moravam em residências com mais de três pessoas por dormitório. E 35% tinham restrição de acesso a serviço de esgoto sanitário
Segundo IBGE, 10 milhões de pessoas comprometiam mais de 30% da renda familiar para pagar aluguel em 2017
Vinte e sete milhões de pessoas, 13% da população brasileira, viviam em 2017 em domicílios com pelo menos uma de quatro condições inadequadas. A principal era o chamado adensamento excessivo – residência com mais de três moradores por dormitório. Eram 12,2 milhões (5,9% da população) nessa situação. As informações são da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), do IBGE, divulgada hoje, que mostrou aumento da pobreza, do desemprego e da informalidade no país.
Outro fator apontado pelo instituto é o do ônus excessivo com aluguel, que ocorre quando essa despesa supera 30% do rendimento domiciliar. O problema atingiu 10,1 milhões de pessoas (4,9% do total), “num contexto em que 17,6% dos imóveis residenciais são alugados”. O custo excessivo chegou a 9,1% da população no Distrito Federal e a 7,1% em São Paulo, unidades da federação com maior renda média.
Ainda segundo a SIS, no ano passado 5,4 milhões de pessoas (2,6% da população) moravam em domicílios sem banheiro de uso exclusivo. O IBGE afirma que da população abaixo da linha de pobreza, 28,6% estavam em situação classificada como inadequação domiciliar, ante 13% da média geral. Ainda nesse grupo, 57,6% tinham restrição a pelo menos um serviço de saneamento – a média nacional é de 37,6%.
No ano passado, 35,9% dos brasileiros tinham restrição de acesso a esgoto sanitário, por rede coletora ou pluvial. A ausência de coleta direta ou indireta de lixo atingiu 10% da população, enquanto 15,1% não eram abastecidas por rede geral de água. “Uma proporção de 37,6% residia em domicílios onde faltava ao menos um desses três serviços de saneamento básico.”
Educação
De acordo com o IBGE, a proporção de crianças que frequentavam escola ou creche aumentou de 50,7%, no ano anterior, para 52,9% em 2017. Entre as crianças de 4 e 5 anos, cuja frequência é obrigatório, a participação subiu de 90,2% para 91,7%, “insuficiente para atingir a meta de universalização proposta pelo Plano Nacional de Educação (PNE)”. O instituto lembra que, nesse caso, o prazo do PNE era 2016.
Nenhuma das grandes regiões ou unidades da federação atingiu a meta da universalização, aponta ainda o IBGE. “Nordeste (94,8%) e Sudeste (93,0%) alcançaram taxas acima da média nacional e o Norte (85,0%) teve o menor índice. Entre as UFs, as maiores proporções de crianças de 4 e 5 anos frequentando escola ou creche estavam no Ceará (97,8%) e Piauí (97,6%) e as menores, no Amapá (72,4%), Amazonas (77,8%) e Acre (79,5%).”
No grupo de crianças com 4 anos, 87,1% frequentavam escola ou creche. “Na comparação com países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil fica imediatamente abaixo da média de 88,0%, ocupando o 27º lugar entre 35 países, à frente de Chile, Finlândia e Estados Unidos, por exemplo.”
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