Teoria

A visão futurista de um ‘Comunismo Automatizado de Luxo’

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Lidia Zuin – A chamada “economia pós-escassez” é um cenário hipotético da teoria econômica em que há abundância de recursos sendo produzidos por uma quantidade mínima de mão de obra humana, o que possibilita sua comercialização a preços baixos ou, em última instância, a disponibilização gratuita.

Essa situação especulativa teve seus primeiros esboços feitos por Karl Marx, em um trecho de seu livro “Grundrisse” (1858) intitulado “Fragmento das Máquinas”, em que fala sobre a transição para uma sociedade pós-capitalista na qual os avanços na automação possibilitariam esse cenário de redução de trabalho humano, abundância de recursos e maior tempo livre para o lazer e para os estudos.

Esse discurso talvez não pareça novidade àqueles que vêm acompanhando conteúdos produzidos por futuristas como o americano Peter Diamandis, um dos fundadores da Singularity University. Co-autor do livro “Abundância”, Diamandis afirma que a humanidade está entrando em um período de transformação radical, no qual a tecnologia carrega o potencial de elevar os padrões de vida básicos de todas as pessoas no planeta. Eles cravam que essa cena aconteceria por volta de 2040, quando serviços outrora restritos à minoria rica serão disponibilizados a todos que precisarem e desejarem.

Em tempos de Covid-19, crise econômica e política, fica difícil acreditar em tal desdobramento para nosso futuro interrompido por uma pandemia. Mas, para futuristas como Diamandis, mais do que exercitar o otimismo é preciso ver como, apesar de tudo, o mundo industrializado nunca esteve tão seguro e nunca vivemos por tantos anos. A expectativa de vida das pessoas, em 2000, já era 60% maior do que em 1900 e, além disso, cada vez mais somos surpreendidos por inovações tecnológicas que prometem revolucionar todos os aspectos de nossas vidas: da penicilina às chamadas tecnologias exponenciais, assim intituladas devido à exponencialidade de seu desenvolvimento.

Tecnologias como a realidade virtual, blockchain, inteligência artificial, fontes de energia sustentável, internet das coisas, big data, robótica, bioengenharia ou mesmo a mineração espacial prometem mudar o mundo e nos levar a uma possível Quarta Revolução Industrial ou Terceira Disrupção, como nomeia Aaron Bastani, autor do livro “Fully Automated Luxury Communism”, de 2019.

Apesar de o título lembrar algum meme ou uma página de humor irônico no Facebook, o termo traduzido como “Comunismo Automatizado de Luxo” e encurtado a partir da sigla FALC, em inglês, traz em si a ideia de uma futura economia que supera a lógica da escassez, tanto no sentido da disponibilidade de recursos quanto da criação artificial de escassez na lógica de mercado capitalista. Bastani usa as quase 300 páginas do livro para dar contexto e ponderação à proposta que, de fato, suscita dúvida e ceticismo. Apesar de ser visto como um pensador utópico, Bastani procura manter suas proposições as mais objetivas e racionais possíveis. Para isso, boa parte da obra se dedica a elencar exemplos de tecnologias e empresas que estão trabalhando em ferramentas e produtos que possibilitem a automação e a conquista de um futuro pós-escassez.

https://twitter.com/OdeCarvalho/status/922079716127006721

Antes de iniciar um longo relatório tecnológico, Bastani primeiro faz a provocação sobre como o senso comum tende a pensar que o capitalismo é inevitável e insubstituível. Você provavelmente já ouviu alguém dizer algo parecido com esse tuíte de Olavo de Carvalho, mas o que o autor britânico procura defender é que esse é só mais um sintoma do que Mark Fisher chama de realismo capitalista, resumido na sugestão de que “é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo”. Em outras palavras, a percepção geral é de que o capitalismo não apenas é o único sistema econômico viável, como também é “impossível de se imaginar uma alternativa coerente”, afinal, como escreve Bastani, “como contribuir com uma alternativa à própria realidade?”. Já nas palavras do filósofo francês Alain Badiou, citado por Bastani,

“Nós vivemos em uma contradição … na qual toda existência … nos é apresentada como ideal. Para justificar o conservadorismo, os partidários da ordem estabelecida não podem realmente chamar (o modelo) de ideal ou maravilhoso. Então, em vez disso, eles decidiram dizer que todo o resto é horrível … nossa democracia não é perfeita. Mas é melhor que as malditas ditaduras. O capitalismo é injusto. Mas não é criminoso como o stalinismo. Nós deixamos milhares de africanos morrerem de Aids, mas nós não fazemos declarações nacionalistas e racistas como Milosevic”.

Se, depois de ler essa citação, você pensou em campanha publicitária exibida por representantes de comunidades marginalizadas e como essas mesmas pessoas não são empregadas pela mesma marca, você entendeu a ideia. No mundo do realismo capitalista, nada nunca muda; porém, como diagnostica Bastani, sofremos uma grande crise em 2008 e hoje vislumbramos novamente um sinal de alerta: no Reino Unido, o suicídio é principal causa de morte de homens com menos de 50 anos e a depressão pode tomar liderança nos gastos em saúde por volta de 2030. Fora isso, há ainda a crise migratória na Europa, o Brexit, a ascensão da extrema direita e de líderes opressivos, as mudanças climáticas e seus negacionistas e, finalmente, a pandemia que já soma mais de 190 mil mortes e a perspectiva de uma nova crise econômica — que, aliás, vai sair muito mais caro para alguns.

Bastani cita Francis Fukuyama em seu livro porque o escritor, no início dos anos 1990, declarou que o fim da União Soviética também instaurava o fim da história. Contudo, Bastani reforça não apenas o absurdo dessa constatação como também afirma que a ideia apenas provou a instauração do chamado realismo capitalista. Com o insucesso do socialismo na União Soviética, ficou mais óbvio que apenas o capitalismo pode funcionar. Mas o que o FALC quer argumentar é justamente o contrário: é possível de se pensar alternativas e essa é uma delas.

O que estamos prestes a assistir é o fim do capitalismo por suas próprias mãos. Aliás, esta é a perspectiva que Slavoj Zizek vislumbra frente à crise do novo coronavírus (apesar de Byung-Chul Han defender justamente o oposto). Mesmo que não enfrentássemos essa pandemia, Bastani já diagnosticava que o próprio imperativo do capitalismo é a competição em se achar sempre a forma mais barata e eficiente de se produzir commodities (mesmo que isso signifique substituir humanos por máquinas). Em outras palavras, o próprio modus operandi do capitalismo pode ser responsável por criar aquilo que vai torná-lo obsoleto.

A começar pela crise energética e sua respectiva escassez de recursos naturais, seus fatores políticos e econômicos, bem como seus efeitos colaterais no meio ambiente. Bastani, então, comenta como a eletrificação e o uso da energia solar já estão sendo consideradas mais relevantes e cada vez mais disseminadas ao redor do mundo. No Reino Unido, por exemplo, há a perspectiva de usar apenas fontes de energia renovável até 2040. Na China, durante os últimos cinco anos, grandes cidades têm feito o processo de eletrificação em seus transportes públicos como uma forma de reduzir o problema da poluição do ar, mas também sonora.

Já no caso de outros recursos naturais, matérias-primas como ferro não precisarão mais ser extraídas do nosso planeta. Levando em consideração a perspectiva de crescimento da população para até 9,8 bilhões de pessoas até 2050, fica impossível de se manter a mesma lógica de consumo atual e acreditar que a Terra poderá dar conta da demanda. Na realidade, um estudo de 2015 já demonstrou que se todos no planeta tivessem os mesmos hábitos de consumo dos norte-americanos, seriam necessários quatro planetas Terra para sustentar o mercado em termos de recursos naturais. Só que o que Bastani argumenta não tem a ver apenas com uma mudança no consumo ou mesmo uma intensificação dos processos de reciclagem e criação de produtos biodegradáveis, por exemplo. O pesquisador britânico entende que a mineração espacial é o caminho para a aquisição de recursos minerais virtualmente infinitos e que, portanto, atingirão um custo muito baixo devido à sua abundância.

E parece que muitos empresários estão de olho nesse setor industrial: Jeff Bezos, fundador da Amazon, por exemplo, já se mostrou interessado no mercado. O futurista Peter Diamandis é um dos fundadores da Planetary Resources, empresa de mineração de asteroides. No caso da PR, o interesse está especialmente focado nos NEAs, ou asteroides mais próximos da Terra. Além da vantagem de proximidade ao planeta, também há o fato de que suas riquezas minerais são tão grandes que chegam a ultrapassar nossa compreensão. Bastani afirma em seu livro que uma das estimativas sobre o cinturão de asteroides é algo como 825 quintilhões de toneladas de ferro, com 63kg de níquel para cada tonelada de ferro, o que possibilitaria a geração de uma riqueza capaz de prover US$ 100 bilhões para cada pessoa no mundo inteiro. Para investigar isso, os japoneses colocaram em órbia a sonda Hayabusa2 em junho de 2018. Ela deve voltar à Terra em algum momento no fim de 2020.

Por enquanto, os gastos necessários para a exploração, desenvolvimento e implementação de um sistema robusto de mineração espacial ainda são muito altos (tanto que Bastani menciona como mesmo as iniciativas privadas na área aeroespacial ainda assim contam com recursos governamentais). Contudo, assim como acontece com qualquer tecnologia (pense no computador e em como ele foi barateado e miniaturizado no celular, então seguindo a chamada Lei de Moore), haverá um momento em que a mineração espacial será mais barata ao ponto de as commodities por si só passarem a ter preços tão irrisórios devido à própria abundância. E isso vale para todas as outras tecnologias exponenciais: a inteligência artificial, a robótica, a bioengenharia, tudo ficaria mais barato e acessível, bem como mais eficiente. Vale lembrar, também, que tudo isso aconteceria em um cenário em que as pessoas envelhecem cada vez mais, a taxa de natalidade diminui e alcançamos um pico de crescimento populacional que Bastani prevê por volta do fim deste século.

Claro, parece estranho pensar que chegaremos a um ponto em que a população irá parar de crescer quando se conquistam novas tecnologias que facilitam a vida e quando se tem acesso a recursos virtualmente infinitos. Já foi observado durante as revoluções industriais como as taxas de natalidade aumentaram, as de natalidade diminuíram e a longevidade se estende cada vez mais. Com exceção de um evento catastrófico, como uma guerra ou uma epidemia, fica difícil imaginar que desaceleraremos o crescimento populacional. Contudo, para este e outros problemas de solução ainda difícil de ser vislumbrada, Bastani traz como exemplo a grande crise do estrume de cavalo na Londres de 1894.

Naquela época, o crescimento da cidade levou à multiplicação de cavalos nas ruas e a concentração de dejetos que não conseguiam ser removidos, a ponto que publicações como o The Times acreditavam que “em 50 anos, cada rua de Londres estaria coberta por três metros de esterco”. Essa passagem histórica que transformou os dejetos equinos de recursos a serem vendidos em um problema de limpeza acabou se tornando uma analogia para momentos que parecem insuperáveis, até que uma nova tecnologia (como foi o caso dos carros, nesse contexto) muda completamente o cenário. É aí onde entram as tecnologias exponenciais.

Mas mesmo que Bastani gaste páginas e páginas elencando como a eletrificação eliminará os combustíveis fósseis da equação, como a mineração espacial trará recursos infinitos e como a biotecnologia pode curar doenças e criar carne em laboratório capazes de tornar a pecuária uma indústria obsoleta, fica difícil acreditar que chegaremos a um ponto em que, de fato, todos terão acesso a isso – afinal, não é isso que o comunismo propõe? O autor sabe e, por isso, traz como exemplo o filme de ficção científica “Elysium”, no qual, apesar de existirem tecnologias de ponta, elas só são acessíveis a uma classe mais privilegiada. Isto porque, como o britânico explica, essa sociedade futurista ainda vive sob um regime capitalista, o qual mesmo diante da abundância cria escassez artificial para manter a concorrência e a lucratividade.

É por isso que por mais que as tecnologias continuem evoluindo, elas nunca serão acessadas por todos se não houver uma mudança política acima da inovação tecnológica. Nas palavras de Bastani,

“… na ausência de uma política apropriada, isso só será uma nova forma de gerar lucro. Marx expressou isso perfeitamente quando escreveu que ‘a mais avançada máquina então força o trabalhador a trabalhar por mais horas do que um selvagem, ou do que ele próprio trabalhava quando usava as ferramentas mais simples e rudimentares.’ Em resposta a essa admissão, uma afirmação: qualquer política de sucesso que procure direcionar as possibilidades da Terceira Disrupção às necessidades das pessoas em vez da lucratividade deve ser populista. Senão, é certo que irá falhar. O realismo capitalista é simplesmente muito adaptável para as políticas radicais de administração e tecnocracia, o que significa que qualquer ruptura precisa ser compreensível à maioria das pessoas, em uma linguagem capaz de ser rapidamente entendida.”

Ou seja, o que Bastani argumenta é que não adianta manter essas ideias em um nível acadêmico e elitista. Quando o autor fala de populismo, ele sugere uma abordagem de retórica política que seja simples e atraente para que não afaste ou confunda as pessoas. Acontece que, no nosso caso latinoamericano, fica difícil ler essa palavra e não trazer em mente as memórias de políticos populistas que não se apropriaram de uma comunicação acessível para beneficiar as pessoas, senão para se fazer eleito e então tomar decisões ao seu próprio benefício.

Fora isso, quando Bastani sugere a implementação do comunismo, ele não traz em si a perspectiva do que foi o comunismo no século 20, mesmo porque o que o mundo vivenciou até então foi um socialismo ainda definido pela escassez e pela existência de empregos. Na Terceira Disrupção, não só haverá abundância de recursos e riquezas como o trabalho também deixará de existir como necessidade à sobrevivência para se tornar um lazer — afinal, “produtividade é para robôs”, como já disse o futurista Kevin Kelly. E é nesse ponto em que entra o luxo proposto pelo pesquisador.

No futuro, robôs trabalharão por nós para que possamos ter lazer e trabalhar com aquilo que nos dê prazer, não para sobreviver. / Ilustração de Andrew Rae.

Ao se aproximar dos partidos verdes com suas preocupações em relação ao meio ambiente e ao bem estar animal, o FALC também se aproxima dos partidos de esquerda até divergir de suas narrativas que glorificam a simplicidade ou até mesmo uma perspectiva idílica de fuga da cidade e da modernidade. O FALC não só é contra esse chamado de volta à natureza como também os hábitos de consumo sob o capitalismo pautado por combustíveis fósseis, com sua lógica de comutação, publicidade onipresente, trabalhos sem sentido e obsolescência programada. Para viver uma boa vida em um cenário de abundância de recursos, é possível que vivamos uma vida parecida com a dos bilionários de hoje, caso quisermos. “O luxo estará em tudo conforme a sociedade baseada em trabalho assalariado se tornar uma relíquia histórica do mesmo modo que o camponês feudal e o cavaleiro medieval”, escreve Bastani.

Não se trata, portanto, de emular os costumes niilistas dos bilionários da contemporaneidade, mesmo porque suas práticas se baseiam, justamente, na lógica da escassez. Enviar um carro da Tesla ao espaço não faz sentido nenhum senão demonstrar que Elon Musk pode fazê-lo porque tem dinheiro. Do mesmo modo também não significa que o FALC defende discursos de “consumo ético” ou mesmo a narrativa de que “o local” é mais virtuoso. Em um cenário no qual tudo é acessível, barato e possível, narrativas que ainda mantêm contrastes não fazem sentido. E isso só pode ser conquistado não através de uma renda básica universal, como muitas vezes ouvimos dizer, mas sim através de um sistema básico de serviços públicos.

No Brasil, já desfrutamos de um sistema de saúde público, bem como instituições de ensino públicas. O que Bastani propõe é estender isso a todos os países do mundo, tornando educação, moradia, transporte, saúde e informação direitos garantidos e gratuitos a todos. Diferente de distribuir uma renda mínima para as pessoas, a qual poderia gerar inflação aos governos e manter a lógica desses serviços como se fossem commodities capazes de terem seus preços manipulados pelo mercado, possibilitar o acesso generalizado e gratuito garante uma maior conquista de bem estar social e de independência dos cidadãos — afinal, como escreve Bastani, “pessoas necessitadas não são pessoas livres e um sistema de serviços básicos universais acaba com essa necessidade.”

Agora, se seu problema está no fato de Bastani se inspirar em Marx ou mesmo propor o comunismo como o sistema político-econômico a ser seguido com a chegada da Terceira Disrupção, saiba que também os economistas Keynes e Drucker pensaram algo semelhante, uma sociedade na qual a inovação tecnológica pode nos levar à abundância e na qual a informação se tornaria a nova moeda. Contudo, o capitalismo não tem como funcionar nesse cenário de automação e abundância de recursos. Bastani comenta que os níveis de automação diminuíram nos últimos anos, o que poderia significar um maior pessimismo para a chegada da Terceira Disrupção, mas o motivo não está na tecnologia, mas sim o fato de os salários estarem cada vez tão baixos que substituir trabalhadores por máquinas não é lucrativo. Fora isso, o autor ainda conta uma anedota na qual Ford teria dito que não poderia automatizar completamente sua linha de montagem ou então baixar demais os salários de seus funcionários porque, no fim das contas, eles próprios seriam os compradores dos seus produtos.

Afinal, muitas das tecnologias que prometem vir com a Terceira Disrupção, na verdade, não são novas: elas só moveram das “bordas” da sociedade para tomarem seu centro (como explora a futurista Amy Webb em seu livro “Amazon The Signals Are Talking”). Se elas já estavam entre nós e não se desenvolveram tão rapidamente quanto poderiam é porque o motivo pelo qual vivemos no mundo de hoje não é tecnológico, mas político. O mesmo vale para esse novo mundo ao qual podemos nos dirigir. Para Bastani, de fato, não há nenhum motivo real pelo qual as empresas e os mais ricos desejem liberar as pessoas ou manter os ecossistemas do nosso planeta — na verdade, faz mais sentido continuar intensificando a desigualdade econômica e o colapso generalizado para que algum novo algoritmo preditivo ou uma startup unicórnio venham com a solução. Pelo contrário, a mudança não virá através desses, mas sim da política a ser feita coletivamente.

Apesar de promover algo tão rompante, Bastani provoca, afirmando que “Fully Automated Luxury Communism” não é um livro sobre o futuro, mas sim sobre um presente que não está visível (ou não quer ser visto) pelas pessoas. É uma isca que nos possibilita fugir da caverna de Platão do realismo capitalista e, no mínimo, questionar se, de fato, faz sentido acreditar que é mais fácil o mundo acabar do que o capitalismo deixar de existir. Mesmo que não adotemos o FALC, mesmo que sequer adotemos o comunismo, há de haver algo além dos espectros do capitalismo que habitam nossa caverna.

https://lidiazuin.blogosfera.uol.com.br/2020/04/28/a-visao-futurista-de-um-comunismo-automatizado-de-luxo/

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