Geografia

Erros e desatinos estratégicos de uma potência que perdeu o prumo

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José Luis Fiori – No dia 18 de março de 2023, com­pletam-se 20 anos da in­vasão anglo-ame­ri­cana do Iraque, que foi feita sem mo­tivo le­gí­timo nem apro­vação do Con­selho de Se­gu­rança da ONU, mas que deixou para trás 300 mil mortos ira­qui­anos e os fa­mosos re­gis­tros fo­to­grá­ficos das atro­ci­dades co­me­tidas pelos norte-ame­ri­canos na prisão de Abu Gh­raib. E assim mesmo, de­pois de der­rotar e des­truir o Iraque, os norte-ame­ri­canos per­deram o con­trole po­lí­tico do país para o Irã, seu prin­cipal com­pe­tidor e ad­ver­sário no Ori­ente Médio.

“Pouco de­pois de 11 de se­tembro de 2001, tornei-me co­nhe­cido como um ‘ne­o­con­ser­vador’ que co­locou os di­reitos hu­manos e a pro­moção da de­mo­cracia na van­guarda da po­lí­tica ex­terna dos EUA… (mas) hoje, estou muito mais ci­ente do que antes das li­mi­ta­ções do poder ame­ri­cano e, por­tanto, muito mais cé­tico em re­lação aos apelos para pro­mover a de­mo­cracia na China, Egito, Irã etc. Acima de tudo, os Es­tados Unidos devem ser mais cui­da­dosos com o uso do poder mi­litar do que nos dias ine­bri­antes do ‘mo­mento uni­polar’” (Boot, M. What the Ne­o­cons Got Wrong. And How the Iraq War Taught Me About the Li­mits of Ame­rican Power. Fo­reign Af­fairs Today, March 10, 2023)

De­pois, os Es­tados Unidos so­freram su­ces­sivos re­veses em suas in­va­sões e “guerras sem fim” no Afe­ga­nistão, na Líbia, na Síria e no Iêmen, e em sua fra­cas­sada ten­ta­tiva de iso­la­mento e as­fixia da eco­nomia ira­niana. Agora estão en­vol­vidos em uma nova guerra, no ter­ri­tório da Ucrânia, sem con­se­guir de­finir de forma clara quais são seus ob­je­tivos neste con­flito, nem têm a menor pos­si­bi­li­dade de al­cançar uma vi­tória de­fi­ni­tiva no campo de ba­talha sem passar por uma guerra di­reta com a maior po­tência atô­mica do pla­neta.

Ainda assim, há muitos ana­listas que ava­liam que os Es­tados Unidos ob­ti­veram uma vi­tória es­tra­té­gica na Ucrânia ao eli­minar arestas e es­treitar seus laços mi­li­tares com a União Eu­ro­peia, com os “povos de língua in­glesa” e com al­guns ali­ados asiá­ticos tra­di­ci­o­nais. Não se tomou em conta, en­tre­tanto, que o “bloco” for­mado pelos EUA e seus sa­té­lites e pro­te­to­rados mi­li­tares sempre existiu, desde o fim da Se­gunda Guerra, e que ne­nhum desses países – a co­meçar pela Ale­manha, Itália e Japão – deixou de ser ocu­pado por bases es­ta­du­ni­denses e trans­for­mado em “pro­te­to­rado atô­mico” dos Es­tados Unidos.

Não se per­cebeu, também, que o au­mento da con­ver­gência mi­litar desses países, li­de­rados pelo G7, vem se trans­for­mando na con­tra­face do seu iso­la­mento cada vez maior com re­lação ao resto do mundo eu­ra­siano, afri­cano e la­tino-ame­ri­cano. Basta ob­servar o apoio cada vez menor que esses países vêm ob­tendo na sua ten­ta­tiva de cercar, isolar e as­fi­xiar eco­no­mi­ca­mente seus ini­migos, no­ta­da­mente o Irã, a Rússia, e mesmo a China, do ponto de vista da guerra co­mer­cial e tec­no­ló­gica a que vem sendo sub­me­tida desde o go­verno de Do­nald Trump.

Não é de es­tra­nhar, por­tanto, o au­mento da agres­si­vi­dade re­tó­rica, di­plo­má­tica e ide­o­ló­gica dos EUA e de seus sa­té­lites, que vêm ado­tando uma pos­tura cada vez mais mi­li­ta­rista, mesmo sem ava­liar as con­sequên­cias úl­timas desta sua re­ação quase ir­ra­ci­onal à perda do poder global exer­cido nos úl­timos 300 anos. Como se os países do “Atlân­tico Norte” e seus pe­quenos sa­té­lites asiá­ticos es­ti­vessem per­dendo o rumo e o pró­prio sen­tido do ab­surdo de al­gumas de suas ini­ci­a­tivas ab­so­lu­ta­mente des­tem­pe­radas e quase ri­dí­culas, do ponto de vista da sua dis­puta global.

A co­meçar pela vi­sita a Taiwan, a pre­si­denta do Con­gresso Ame­ri­cano, Nancy Pe­losi, feita de forma ab­so­lu­ta­mente tem­pe­ra­mental e ju­venil, sem levar mi­ni­ma­mente em conta suas con­sequên­cias de médio e longo prazo, que aca­baram con­so­li­dando e cris­ta­li­zando a rei­vin­di­cação e o poder da China sobre sua “ilha re­belde” criada com apoio mi­litar norte-ame­ri­cano, em 1946. De­pois, acu­mulam-se os dis­cursos des­tem­pe­rados das au­to­ri­dades ame­ri­canas e eu­ro­peias ab­so­lu­ta­mente “pos­suídas” por uma “fobia russa” se­me­lhante a vá­rias ou­tras que já ti­veram no pas­sado, como se a Eu­ropa não con­se­guisse se manter unida sem a de­mo­ni­zação de um ini­migo ex­terno, como já foram os is­lâ­micos, os co­mu­nistas e os ju­deus.

Para não falar de epi­só­dios quase ri­dí­culos, como foi o caso de­li­rante da “guerra dos ba­lões” ini­ciada e logo en­cer­rada por um go­verno Biden com­ple­ta­mente de­so­ri­en­tado. Ou a “ordem de prisão” de­cre­tada contra o pre­si­dente da Rússia por uma ins­ti­tuição criada pelos eu­ro­peus e in­tei­ra­mente des­mo­ra­li­zada e des­le­gi­ti­mada pelos pró­prios norte-ame­ri­canos. Ou ainda, e de forma mais ir­res­pon­sável, o envio de um drone mi­litar para a zona de guerra russa, na Cri­meia, ter­mi­nando com a queda e a perda in­con­se­quente do equi­pa­mento der­ru­bado pelos aviões russos sem que hou­vesse ne­nhum tipo de res­posta ou con­ti­nui­dade, ca­rac­te­ri­zando uma ini­ci­a­tiva in­tei­ra­mente im­pen­sada da parte do go­verno ame­ri­cano.

Tudo isto foi acom­pa­nhado de uma lin­guagem cada vez mais agres­siva e des­tem­pe­rada, que já co­meçou a ser uti­li­zada pelos dois “ho­mens-bomba” que co­man­daram a po­lí­tica ex­terna de Do­nald Trump, Mike Pompeo e John Bolton, a mesma que segue sendo uti­li­zada pelos dois “mis­si­o­ná­rios li­beral-in­ter­na­ci­o­na­listas” que co­mandam a po­lí­tica ex­terna do go­verno de Joe Biden, Anthony Blinken e Jack Sul­livan – com a di­fe­rença fun­da­mental que os dois de­mo­cratas veem o mundo como uma luta entre o “bem” e o “mal”, e se con­si­deram evi­den­te­mente re­pre­sen­tantes do “bem”, com a missão de con­verter o mundo à sua tábua de va­lores.

O pro­blema é que por trás desses “de­sa­tinos” mais vi­sí­veis vem se so­mando uma quan­ti­dade de erros de cál­culo e de con­cepção es­tra­té­gica de mais longo prazo, que estão con­du­zindo os Es­tados Unidos e seus sa­té­lites, pro­gres­si­va­mente, para um “beco sem saída”. O pri­meiro deles, mais li­gado di­re­ta­mente ao início da guerra, foi negar-se a ne­go­ciar de forma dis­creta e di­plo­má­tica a neu­tra­li­zação da Ucrânia e a cons­trução de um novo mapa de se­gu­rança e equi­lí­brio es­tra­té­gico de longo prazo na Eu­ropa. E o se­gundo erro, que foi uma con­sequência ime­diata do pri­meiro, foi boi­cotar as ne­go­ci­a­ções de paz que es­tavam em curso entre a Rússia e a Ucrânia logo na pri­meira se­mana da guerra, apos­tando no su­cesso da guerra econô­mica que já es­tava pla­ne­jada e que seria de­sen­ca­deada ime­di­a­ta­mente pelos países do G7 contra a Rússia.

Duas de­ci­sões cru­ciais, e dois erros de cál­culo es­tra­té­gico – como a his­tória de­mons­trará – que foram ori­en­tados pela mesma visão es­tra­té­gica dos “mis­si­o­ná­rios de Biden” que desde o início do go­verno de­mo­crata vêm ten­tando di­vidir e po­la­rizar o mundo, for­çando uma nova Guerra Fria entre países de­mo­crá­ticos e países au­to­crá­ticos, de­fi­nidos de forma “au­to­crá­tica” e uni­la­teral pelos pró­prios Es­tados Unidos.

Essas duas de­ci­sões foram sus­ten­tadas na mesma cer­teza dos ame­ri­canos e seus sa­té­lites de que po­de­riam impor uma der­rota ime­diata e hu­mi­lhante à Rússia, com o es­tran­gu­la­mento de sua eco­nomia na­ci­onal, através de um pa­cote de san­ções econô­micas de di­men­sões des­co­nhe­cidas, en­vol­vendo o blo­queio eu­ropeu do co­mércio do pe­tróleo e do gás russos, o con­ge­la­mento e ex­pro­pri­ação das re­servas e ativos russos de­po­si­tados nos bancos do G7 e, fi­nal­mente, através da sus­pensão de todas as re­la­ções fi­nan­ceiras da eco­nomia russa com esses mesmos países e todos os de­mais que vi­essem a apoiar as san­ções glo­bais co­man­dadas por norte-ame­ri­canos e eu­ro­peus. Nos dois casos, en­tre­tanto, pa­rece que os Es­tados Unidos e seus sa­té­lites er­raram re­don­da­mente.

Pri­meiro, porque a mai­oria dos Es­tados do sis­tema in­ter­na­ci­onal vem se mos­trando ex­tre­ma­mente re­ti­cente a en­trar em uma nova Guerra Fria, e vem re­sis­tindo ter­mi­nan­te­mente a tomar par­tido no con­flito da Ucrânia, ne­gando-se a apoiar as san­ções econô­micas apli­cadas por ame­ri­canos e eu­ro­peus contra a Rússia. Dos 194 países com as­sento nas Na­ções Unidas, só 47 apoi­aram essas san­ções, sendo muitos ab­so­lu­ta­mente in­sig­ni­fi­cantes, como é o caso de An­dorra, Mô­naco, Is­lândia, Li­e­ch­tens­tein, Mi­cro­nésia, San Ma­rino ou Ma­cedônia do Norte, entre ou­tros.

Em se­gundo lugar, pes­quisas re­centes re­a­li­zadas por uni­ver­si­dades eu­ro­peias e ame­ri­canas vêm in­di­cando que a mai­oria da po­pu­lação mun­dial que vive fora dos países que com­põem a co­a­lizão mi­no­ri­tária dos Es­tados Unidos e seus sa­té­lites eu­ro­peus e asiá­ticos não veem o mundo como eles, não apoiam a guerra nem as san­ções econô­micas apli­cadas à Rússia, não se con­si­deram menos de­mo­crá­ticos do que os ame­ri­canos e eu­ro­peus, e con­si­deram que a “co­a­lizão oci­dental” está en­vol­vida no con­flito da Ucrânia em de­fesa de seus in­te­resses ge­o­po­lí­ticos, e não em de­fesa de va­lores ou di­reitos hu­manos su­pos­ta­mente uni­ver­sais.

Mas o que é pior, do ponto de vista eu­ro­a­me­ri­cano, é que de­pois desses erros ini­ciais de ava­li­ação, a “de­vas­ta­dora” guerra econô­mica de­sen­ca­deada contra a Rússia não teve su­cesso, ou pelo menos não lo­grou seus ob­je­tivos. Não con­se­guiu es­tran­gular de forma ins­tan­tânea a ca­pa­ci­dade fi­nan­ceira dos russos de sus­ten­tarem sua ofen­siva na Ucrânia, como tam­pouco teve os im­pactos es­pe­rados sobre o fun­ci­o­na­mento in­terno da eco­nomia russa, que con­se­guiu dri­blar o cerco co­mer­cial e fi­nan­ceiro abrindo novos mer­cados, re­de­se­nhando sua es­tra­tégia econô­mica na­ci­onal e al­can­çando, já em 2023, se­gundo o FMI, um cres­ci­mento econô­mico po­si­tivo.

Neste sen­tido, er­raram uma vez mais os es­tra­tegos ame­ri­canos e eu­ro­peus, porque suas san­ções fi­nan­ceiras e seu blo­queio co­mer­cial da Rússia aca­baram tendo um efeito ab­so­lu­ta­mente des­tru­tivo sobre as eco­no­mias eu­ro­peias, que en­frentam uma ace­le­rada de­sin­dus­tri­a­li­zação – como é o caso da Ale­manha – ou uma de­sin­te­gração so­cial e po­lí­tica – como está se as­sis­tindo na França e na pró­pria In­gla­terra, cujas pre­vi­sões in­dicam que até 2030 esta já po­derá ter se trans­for­mado num país com renda per ca­pita in­fe­rior à da Polônia, que foi até hoje uma for­ne­ce­dora de mão de obra ba­rata da eco­nomia in­glesa.

Em parte, por conta do Brexit, é ver­dade, em parte por conta do seu en­vol­vi­mento cada vez mais agres­sivo na es­ca­lada eu­ro­peia contra a Rússia. Crises e de­sin­te­gra­ções econô­micas e so­ciais cau­sadas, em úl­tima ins­tância, pelas san­ções econô­micas que cor­taram a energia ba­rata da Eu­ropa, di­mi­nuíram a com­pe­ti­ti­vi­dade de suas eco­no­mias e atin­giram em cheio o sa­lário da po­pu­lação, através da in­flação e do au­mento dos custos de energia e ali­men­tação. Vasos co­mu­ni­cantes que estão atu­ando também na atual crise fi­nan­ceira dos bancos ame­ri­canos e eu­ro­peus, pre­midos pelo au­mento da in­flação e da taxa de juros, e ainda pela perda de cre­di­bi­li­dade de seus tí­tulos pú­blicos, de­pois do con­ge­la­mento e ex­pro­pri­ação das re­servas e apli­ca­ções russas.

Re­su­mindo: de todos os pontos de vista que se olhe a evo­lução da con­jun­tura in­ter­na­ci­onal, o que se vê é que o bloco for­mado pelos Es­tados Unidos e seus sa­té­lites está fi­cando cada vez mais ilhado, mais agres­sivo e mais sem saída. O go­verno ame­ri­cano de Joe Biden não con­segue de­finir com cla­ri­dade qual é o ob­je­tivo da sua par­ti­ci­pação cada vez mais di­reta na Guerra da Ucrânia. Até onde querem chegar? Quais são suas ex­pec­ta­tivas e pos­si­bi­li­dades mais além da pro­pa­ganda? E o mesmo se pode dizer com re­lação à po­lí­tica cada vez mais agres­siva dos norte-ame­ri­canos com re­lação à China: quais seus ob­je­tivos e até onde estão dis­postos a chegar na sua dis­puta pelo Mar do Sul da China e na sua de­fesa de Taiwan, en­fren­tando, neste caso, di­vi­sões e fra­turas dentro do pró­prio bloco euro-ame­ri­cano? Deve-se somar-se a essas in­cer­tezas e à perda pro­gres­siva de rumo da po­lí­tica ex­terna ame­ri­cana, o au­mento da di­visão e da po­la­ri­zação cada vez mais agres­siva da pró­pria po­lí­tica in­terna dos Es­tados Unidos, que não per­mite ne­nhum tipo de pre­visão de longo prazo que não seja a agres­si­vi­dade con­junta dos dois par­tidos ame­ri­canos contra a China.

Ao mesmo tempo, é exa­ta­mente neste ponto que os norte-ame­ri­canos vêm so­frendo seus mai­ores re­veses, e de­mons­trando maior in­com­pre­ensão dos acon­te­ci­mentos, res­tando-lhe um apelo cada vez mais ex­plí­cito ao seu poder mi­litar. São quase só ame­aças, anúncio de novos ar­ma­mentos, au­mento ex­pres­sivo do or­ça­mento mi­litar de 2023, cheque em branco para a guerra da Ucrânia e re­a­ti­vação de ve­lhas ali­anças, como no caso da in­ci­a­tiva do AUKUS, com In­gla­terra e Aus­trália, mem­bros in­con­di­ci­o­nais da velha “fa­mília co­lo­nial de língua in­glesa”.

Tal ob­sessão mi­li­ta­rista pode ser a causa de os Es­tados Unidos não terem con­se­guido an­te­cipar ou prever o que foi com cer­teza sua maior der­rota di­plo­má­tica desde a “crise dos re­féns” da em­bai­xada norte-ame­ri­cana de Teerã, em 1979: o anúncio, na ci­dade de Pe­quim, no dia 15 de março de 2023, do acordo me­diado pela China de pa­ci­fi­cação das re­la­ções entre o Irã e a Arábia Sau­dita, e do res­ta­be­le­ci­mento de re­la­ções di­plo­má­ticas entre os dois países em dois meses mais, junto com seu com­pro­misso mútuo de de­fesa do prin­cípio da so­be­rania na­ci­onal.

Na dé­cada de 1950, os Es­tados Unidos cons­truíram seu es­quema de poder no Ori­ente Médio apoiado no Irã, na Arábia Sau­dita e em Is­rael. Em 1979, os norte-ame­ri­canos per­deram o Irã, e agora estão per­dendo a Arábia Sau­dita. Ou seja, o acordo ne­go­ciado pela China afasta os Es­tados Unidos do Ori­ente Médio e anuncia a che­gada da in­fluência chi­nesa sem ne­nhuma nova guerra, pelo con­trário, através de uma di­plo­macia da paz, que se soma ao Plano de Paz de 12 pontos apre­sen­tado pela China aos go­vernos da Rússia e da Ucrânia, e também aos go­vernos dos de­mais países en­vol­vidos di­re­ta­mente nessa guerra, a co­meçar pelos Es­tados Unidos. Ini­ci­a­tivas di­plo­má­ticas da China na Ásia, Eu­ropa, África e Amé­rica La­tina, que an­te­ci­param o anúncio pelo pre­si­dente chinês, Xi Jin­ping, de sua Global Ci­vi­li­za­tion Ini­ti­a­tive, o mais am­bi­cioso pro­jeto de pa­ci­fi­cação uni­versal ja­mais apre­sen­tado aos povos do mundo por uma grande po­tência e uma grande ci­vi­li­zação.

So­mando tudo, e mais a luta in­terna que hoje di­vide a so­ci­e­dade ame­ri­cana, pode-se en­tender me­lhor como foi que os Es­tados Unidos per­deram seu prumo, e hoje são a maior ameaça à paz mun­dial, porque per­cebem a perda de sua li­de­rança mun­dial e ainda se sentem ame­a­çados por uma luta in­terna cada vez mais vi­o­lenta. Neste mo­mento, pode-se es­perar qual­quer tipo de de­sa­tino da parte do go­verno ame­ri­cano e seus sa­té­lites eu­ro­peus, que também se en­con­tram cada vez mais acu­ados e sem ne­nhum tipo de pro­jeto novo para o sis­tema mun­dial que não seja o de re­cuar ati­rando.

Fonte da matéria: Erros e desatinos estratégicos de uma potência que perdeu o prumo – https://correiocidadania.com.br/2-uncategorised/15411-erros-e-desatinos-estrategicos-de-uma-potencia-que-perdeu-o-prumo

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