Rodrigo Casarin – “2018 está longe de sedimentar suas tramas e seus traumas, o que impede exame retrospectivo isento de incertezas relevantes. Mas se sabe que suas consequências influenciarão decisivamente o país por tempo prolongado. Por isso, tão cedo não vai terminar. Daqui a cinquenta anos, o 2018 brasileiro talvez tenha o peso histórico que hoje conferimos a 1968”.
É o que lemos em “Sobre Lutas e Lágrimas: Uma Biografia de 2018, O Ano em que o Brasil Flertou com o Apocalipse” (Record), de Mário Magalhães, jornalista honrado com 25 prêmios na área e com passagens por veículos como O Globo, Estadão, Folha de São Paulo e o próprio Uol, além do The Intercept Brasil, casa da coluna que serviu de base para diversos capítulos do livro. Obra daquelas que já nascem com aura grandiosa, nela Mário se dedica a uma proposta um tanto diferente: biografar – ou traçar uma espécie de diário que privilegia as datas essenciais – o ano em que, na sua visão, o país se aproximou do seu fim.
Misturando crônica, reportagem, ensaio e artigo, Mário trata de um ano que “depois de incubar o ovo da serpente, ou do fascismo, […partiu] para o esculacho” com o ressurgimento dos galinhas-verdes, “militantes assumidos como integralistas [que] afanaram e queimaram bandeiras antifascistas” na virada de novembro para dezembro. Um ano em que também vimos exacerbar o descaso com os indígenas – e seus alarmantes dados de suicídios – e a ascensão de um presidenciável que adotou um discurso preocupante. “Inexiste na história da República candidato competitivo com verborragia tão assemelhada à do nazifascismo dos anos 1930”, crava o autor ao se referir a Jair Messias Bolsonaro, nosso atual mandatário.
Na visão do autor, 2018 nos reservou também uma peculiar tragicomédia. “Já imaginou o argentino Messi vestido com a amarelinha, jogando na cidade de Marighellado, a antiga Salvador? Impossível: os ursalinos, esquerdistas-raiz, exigiriam camisa vermelha”, registra ao recordar da Ursal.
Hoje Mário trabalha na biografia de Carlos Lacerda, um dos “personagens mais fascinantes da história da República no Brasil”, como ele definiu no papo em que batemos na última quarta – a obra deverá sair pela Companhia das Letras dividida em dois volumes, o primeiro no fim de 2020 e o segundo em 2021. Na conversa, o jornalista também falou a respeito de “Marighella”, biografia que publicou em 2012 e que foi levada aos cinemas por Wagner Moura. A promessa é que a adaptação esteja à disposição do público brasileiro nos cinemas em 20 de novembro deste ano, dia de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra.
Comecemos pelo básico: como foi biografar um ano? Como nasce a ideia?
A ideia nasce da quantidade alucinante de fatos anormais que ocorreram no começo de 2018. A decisão de escrever a biografia ocorre no dia 14 de março, quando a Marielle Franco e o Anderson Gomes são assassinados. Ali tive consciência de que 2018 não seria um ano qualquer, mas um ano que influenciaria decisivamente o Brasil por muitas décadas. Um exemplo de como essa suposição se confirmou: há uma aceleração no número de milhões de brasileiros voltando à pobreza e à miséria absoluta. Isso se apresenta com um programa ultraneoliberal que é abraçado pelo candidato que acabou ganhando a eleição.
Já em novembro, devido à interferência direta do então presidente eleito, milhares de médicos vão embora do Brasil. Quase 30 milhões de brasileiros que dependiam do Mais Médicos para uma assistência básica ficam ao deus-dará. O programa da educação e da ciência também é escancarado em 2018 e o que estamos vendo hoje são ações que não vão ter impactos limitados aos próximos anos, terão por décadas. Lembro que uma das primeiras ações da ditadura em 1964 foi fazer um expurgo de cientistas de Manguinhos, no Rio, e isso custou para a ciência brasileira alguns dos melhores cérebros, que foram embora e nunca mais voltaram. Por tudo isso que o prólogo do livro se chama “O Ano que Tão Cedo não Vai Terminar”, uma reverência ao livro clássico do Zuenir Ventura, “1968 – O Ano Que Não Terminou”. É uma síntese dessa tese de que o ano de 2018 vai marcar durante muito tempo a vida brasileira.
Mesmo com tudo isso que você cita no horizonte, por que Bolsonaro acabou sendo eleito?
“Sobre Lutas e Lágrimas” é um livro fundamentalmente de repórter, que mistura quatro gêneros: crônica, reportagem, ensaio e artigo. Uma das opiniões que manifesto é que houve quatro fatores que influenciaram decisivamente a eleição do Bolsonaro: a corrosão econômica e a disparada do desemprego, o avanço da insegurança pública, a desmoralização da política tradicional – com os casos de corrupção e a ação da operação Lava-jato – e a relação dos brasileiros com a moral e os costumes. Mas sustento que nada disso foi determinante para a eleição de Bolsonaro. Determinante foi o afastamento do candidato que se chama Luiz Inácio Lula da Silva. No fim de agosto, o Datafolha constatou que o Lula se fortalecia mesmo preso e abria 20 pontos sobre o Bolsonaro. O Datafolha é o mesmo instituto que na véspera da eleição cravou que Bolsonaro faria 55% e Haddad 45% dos votos válidos, ou seja, acertou na mosca. Então, no fim das contas, o mais determinante para vitória dele foi o afastamento do Lula.
“Sobre Lutas e Lágrimas” é um livro que assume um lado, que toma partido. Qual partido é esse?
É o partido das luzes contra as trevas. De quem confronta e rejeita o obscurantismo. O livro toma partido sim: contra o obscurantismo.
Qual foi o momento mais pesado do ano para você? A morte da Marielle?
Não. Esse foi um deles. Comparando com o que já escrevi, seja em livro, seja em reportagens publicadas em outras plataformas, “Sobre Lutas e Lágrimas” é muito coração e cabeça. Tem um lado coração muito grande e um dos momentos mais dramáticos foi a morte da Marielle. Não à toa eu abro o livro com o Réveillon dela com a companheira, a Monica Benício. A Marielle vai permear todo o livro junto com os outros dois protagonistas: Bolsonaro e Lula. O livro conta a história dos partidários do obscurantismo, mas ele conta a história contada e vista por quem se opôs ao obscurantismo. Então, o capítulo sobre morte da Marielle se concentra nas manifestações que ocorreram no dia seguinte como um momento de reencontro, que vai ter a sua melhor legenda no dia 28 de outubro com o “ninguém solta a mão de ninguém”, o brado proclamado por uma tatuadora de Belo Horizonte.
Mas o ano tem três momentos determinantes, que são muito trágicos para o Brasil, creio eu: 14 de março, o assassinato da Marielle e do Anderson, 7 de abril, a prisão do Lula, e 28 de outubro, com a vitória eleitoral de Bolsonaro. O livro tem muitas passagens dramáticas, mas tem muitos capítulos que são só pra rir – Neymar, Doutor Bumbum, Ursal, Olavo de Carvalho… são personagens da história tragicômica de 2018.
Bem, logo de cara até escreve que “os protagonistas do livro são Marielle Franco, Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva”. Pegando esse lado coração que você citou, qual o seu sentimento com relação a cada um deles?
Acho que a Marielle foi uma grande mulher. Acho que o Lula está preso injustamente. E creio que desde o fim da ditadura o Bolsonaro é a maior ameaça ao que resta de democracia no Brasil e às conquistas dos brasileiros mais pobres que ocorreram nas últimas duas décadas. Bolsonaro é tragédia. Marielle, uma grande mulher. O Lula, um preso injustamente.
Há algo de tragédia na história do Lula?
Claro que há. O processo judicial e o inquérito policial sobre o Lula no caso do tríplex ganharam melhor síntese numa frase do juiz Victor Laus no final de janeiro de 2018: “Quem responde por crime tem que ter participado dele. E, para ter participado, alguma coisa errada ele fez”. Partindo desse princípio, a partir de hoje todos os réus em qualquer lugar do planeta não podem ser inocentes. Só que a constituição assegura a presunção de inocência. Essa frase resume tudo: o destino do Lula estava decidido antes mesmo do julgamento. No capítulo sobre a prisão dele, faço uma análise dos métodos, idiossincrasias e prazos que imperaram contra ele.
O livro tem muitas idas e vindas na história. Em 2018 ressurgem os integralistas, que são os nazifascistas brasileiros dos anos 1930 – aí é a tragicomédia, os galinhas-verdes voltaram. Essas idas e vindas se dão não por um gosto meu, mas pela roleta do tempo em que o Brasil se meteu. A decisão do Supremo Tribunal Federal de dar sinal verde para a prisão do Lula ocorre numa sessão que termina na madrugada do dia em que se completou 50 anos da portaria da ditadura que proibiu a Frente Ampla, uma coalização oposicionista contra o governo militar, em abril de 1968.
O livro é sobretudo um livro de história. E não só de 2018, mas dos anos que vão dar em 2018. Do Brasil do século 20 que reaparece ao seu pior estilo em 2018.
Você escreve que o então juiz Sérgio Moro fazia política na tribuna errada. O livro foi publicado antes das recentes revelações do The Intercept Brasil sobre as trocas de mensagens entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol. Como você recebeu essas revelações? Chegou a ficar surpreso?
Acho que o The Intercept Brasil está prestando um grande serviço à sociedade brasileira mostrando o que foi um inquérito policial e uma investigação judicial utilizados essencialmente com propósitos políticos, simbolizados pelas camisas pretas usadas por um determinado magistrado e que no século passado, na Itália, representavam uma coloração política – quem conhece história sabe do que estou falando e o livro conta explicitamente [Camisas Negras: grupo paramilitar italiano que apoiava Benito Mussolini e perseguia opositores do fascismo].
Essas mensagens divulgadas são um tesouro jornalístico e histórico. Fico muito contente porque, no livro, Sérgio Moro e Dallagnol não são mocinhos, pelo menos do ponto de vista como encaro a defesa da democracia, o estado democrático de direito e o devido processo legal. Em um dos primeiros capítulos, sugiro que Moro abandone a magistratura e se candidate à presidência da República, porque já era evidente o papel que ele desempenhava. Esses diálogos comprovam que o ex-presidente Lula não teve direito a um julgamento justo. No livro sustento que ele foi condenado sem provas. Podem dizer o que quiser do Lula para o bem ou para o mal, mas li mais de uma vez a sentença do juiz Sérgio Moro e não tem prova de que o tríplex algum dia tenha pertencido ao Lula.
O que você estava fazendo, qual foi a sua reação, o que você sentiu quando as apurações confirmaram que Bolsonaro estava eleito?
Estava em casa. Reparei nas imagens que havia uma bandeira saudando o chefe do maior campo de concentração do tempo da história da ditadura, o falecido coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Foi um momento de profunda comoção para todo mundo que sempre defendeu o progresso contra as ideias medievais abraçadas pelo bolsonarismo.
Nasci na semana do golpe de 1964. Sou o chamado filho da ditadura. Então vivi muito isso, por mais que o bolsonarismo traga novidades históricas. Agora, para a juventude que achava que esses tempos sombrios estavam superados, foi um tremendo choque. Tenho uma filha de 29, uma de 18 e um de 12. Esse menor me falou: poxa, pai, esse seu livro novo só vai ter história triste, né!? Queimaram o Museu Nacional, mataram a Marielle e o Anderson, o Brasil perdeu a Copa, o Bolsonaro ganhou a eleição… Falei: não, esse livro é sobretudo a história de quem enfrentou a barbárie. É essa grande luta pela civilização que vai ser contada no livro. Por isso o título: o épico das lutas e o lírico das lágrimas. E essas lutas evidentemente são de quem combateu a barbárie – e as lágrimas também, infelizmente.
“O Ano de 2018 flertou com o apocalipse. As ruínas se tornaram mais ostensivas depois do segundo turno eleitoral. Só não as viu quem relativizou a tragédia representada por Jair Bolsonaro e as ideias que o movem. Em meio aos destroços da tormenta, encontraram a ilusão que o Brasil jamais cederia de novo às trevas”. Por que nós cedemos de novo às trevas? Tem muito a ver com a maneira como lidamos com a ditadura, não!?
Embora o livro seja essencialmente narrativo, ele tenta contextualizar os fatos históricos. Em 1964, o golpe foi dado por uma coalização poderosa dos seguimentos mais ricos da sociedade brasileira, mas na conjuntura da Guerra Fria. O Bolsonaro chega ao poder numa conjuntura de ascensão da extrema-direita em todo o planeta. E o Bolsonaro, no Brasil, foi o candidato do empresariado mais graúdo. Mesmo antes do segundo turno esse empresariado mais graúdo bandeia de outros candidatos, sobretudo de Geraldo Alckmin, para a candidatura de Bolsonaro.
Quem impulsionou a candidatura do Bolsonaro, que sempre tinha pertencido ao baixo clero da câmara, por um partido pequeno, quem impulsionou inclusive bancando mensagens por WhatsApp, foram aqueles que mandam no Brasil desde sempre. E o que é o Brasil? É o nono país mais desigual do mundo, foi o último país das Américas e do Ocidente a abolir a escravidão. É um país marcado pela desigualdade e o Bolsonaro representa tudo o que existe contra o avanço civilizatório. Ele é quem diz que feminicídio é mimimi. Ele é quem diz: as minorias que desapareçam – isso é discurso de extermínio. Diz num evento para empresários: eu vou servir a vocês, vocês que dirão o que tenho que fazer.
Fazendo um balanço dos candidatos à presidência no ano passado você escreve que “Bolsonaro é ignorante, mas não burro”. Mantém a avaliação?
Sim, mantenho. Se fosse burro não teria chegado à presidência. O livro foi escrito a quente. Os capítulos maiores, mais densos, são todos inéditos, mas essa observação foi feita em meados do ano e isso estava claro. Que o Bolsonaro é um ignorante acho que até os bolsonaristas mais empedrenidos reconhecem. Mas ele não é burro. O Bolsonaro hoje ocupa a presidência da República e, na origem, ele era só o candidato do empresariado rural, do agronegócio, depois se tornou o candidato do grande empresariado brasileiro de todos os setores: financeiro e até industrial, o que me parece ser um suicídio dos industriais brasileiros. Ou seja, ele não tem nada de burro.
No prólogo, feito com informações colhidas até o dia 31 de dezembro, mas escrito depois que o ano acabou, é que investigo historicamente a mentira que mais influenciou uma eleição em toda a nossa República: o kit gay, uma mentira construída desde 2010. As pessoas dizem: “ah, mas quem acredita em kit gay?” 84% dos eleitores do Bolsonaro.
E tem a mamadeira de piroca também.
A mamadeira de piroca entra na questão do Lula. Era muito difícil convencer qualquer brasileiro de que o Lula, que tinha governando durante oito anos, iria introduzir a mamadeira de piroca. Com a candidatura do Haddad era mais fácil. Por isso que digo: o determinante na eleição, a despeito do antipetismo, que tem muitas origens, é a exclusão do Lula.
Há quem diga que o Lula e o PT – ou a esquerda, de forma geral – são os responsáveis pela eleição do Bolsonaro. Como você avalia isso?
Há muitos sócios na vitória do Bolsonaro. Entre esses sócios não estão aqueles que o combateram. A sociedade bolsonarista foi muito poderosa, muito potente, indo do agronegócio até o jornalismo brasileiro. Na vitória do Bolsonaro há muitos sócios, inclusive, e com um peso muito grande, os protagonistas da operação Lava-jato. Colocar a culpa no ex-presidente Lula me parece um tanto nonsense porque era justamente o Lula que tinha poder para vencer o Bolsonaro e foi afastado da eleição.
A imprensa tem um papel importante na sua leitura do ano de 2018. Como você avalia a participação dela nesse período que você define como quase apocalíptico?
O jornalismo brasileiro contribuiu para a desinformação, que foi um dos pilares da extrema-direita, que acabou tendo como representante eleitoral o Bolsonaro. Desde a cobertura da morte da Marielle, quando o jornalismo dominante omitia quais eram as ideias dela, até o crime de desonestidade intelectual de comparar Bolsonaro e Haddad como dois “extremistas”. O Bolsonaro como viúvo da ditadura, defensor da tortura, é um extremista de direita. O Haddad, como escrevo no livro, para os padrões clássicos de esquerda ele pode ser tudo, menos um extremista. Pelo contrário. Ao vender a falsidade de que Haddad e Bolsonaro eram semelhantes, duas faces de uma mesma moeda, o jornalismo contribuiu para não informar sobre a gravidade encarnada pelo Bolsonaro para a democracia, para os direitos humanos e para o avanço social.
Você encerra o livro com a seguinte frase: “O ano que flertou com o apocalipse deixará sequelas demais”. O que projeta para nosso futuro?
Não me arrisco a fazer prognóstico, mas compartilho contigo uma pergunta que me fazem constantemente: por que flertou com o apocalipse? O apocalipse significa o fim e está claro que não houve um fim. As manifestações de 15 e 30 de maio deste ano comprovam que não houve um fim. A história não acabou. Essas manifestações bebem nos grandes protestos de 2018, daqueles que foram à luta pela civilização contra a barbárie. A esperança do Brasil se concentra nessa gente. Naquelas grandes jornadas de 2018 que está a grande inspiração para enfrentar o governo do Bolsonaro e as ideias do bolsonarismo.
Principalmente durante as campanhas eleitorais muita gente declarou que estava rompendo com amigos e familiares por conta de divergências políticas. Como foi esse período para você? Também passou por isso?
Todo mundo viveu isso. Em 2018 a gente aprendeu que parente é parente, família é outra coisa. Família é quem tolera a opinião alheia, dá carinho, defende os seus da violência dos intolerantes.
Não ter WhatsApp ajudou a levar o ano de maneira, digamos, privilegiada?
Sou um afortunado por não precisar do WhatsApp para trabalhar. E a opção por não usá-lo é para preservar meu último refúgio de serenidade. Não sobreviveria com uma cabeça sã em grupos de família e de pais e mães de escola.
Finalmente temos uma data prometida para a estreia de “Marighella” por aqui. Como acha que o filme será recebido?
As cinco, seis sequências que vi mostram um filme espetacular. Num tempo sombrio como o de hoje, é uma grande conquista democrática da cultura brasileira a chegada do “Marighella” aos cinemas. Houve uma série de resistências para que isso ocorresse. Ninguém tem que gostar do filme do Wagner nem do personagem histórico Carlos Marighella, muito menos da biografia que escrevi. Mas é um direito democrático das cidadãs e dos cidadãos assistir ao filme. A minha expectativa é que haja filas nas portas do cinema para assistir à obra. Acho que os cinemas vão estar lotados. O Wagner e todos que trabalharam no filme merecem isso.
https://paginacinco.blogosfera.uol.com.br/2019/06/21/mario-magalhaes-a-luta-e-da-civilizacao-contra-a-barbarie/
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