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O Estado Islâmico está perto do fim?

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Christoph Reuter – O Estado Islâmico perdeu uma quantidade enorme de território tanto no Iraque quanto na Síria e muitos de seus líderes estão mortos. Mas mesmo enquanto o grupo parece estar se desfazendo, ataques são realizados em seu nome na Europa. O que virá a seguir para o EI?

Poucas pessoas no Ocidente estão familiarizadas com a cidade que o primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, ordenou que fosse invadida 10 dias atrás. “Você se rende ou morre”, ele disse em um discurso pela televisão, uma aparição combativa durante a qual ele vestia a farda preta das notórias unidades antiterror. A cidade se chama Tal Afar, localizada a oeste da recém libertada cidade de Mossul, e um dos últimos redutos do Estado Islâmico (EI) no Iraque.

Tal Afar é basicamente uma das duas cidades natais do EI, tendo produzido vários membros da liderança da organização terrorista. Mesmo sob Saddam Hussein, a cidade era uma espécie de laboratório de ódio. A maioria turcomana daqui desconfiava da minoria árabe, mas a comunidade turcomana incluía tanto sunitas quanto xiitas, permitindo a Saddam jogá-los uns contra os outros. Os sunitas, por exemplo, eram autorizados a buscar uma carreira nos serviços secretos e se enriquecerem às custas de seus vizinhos.

Quando o EI conquistou Tal Afar em junho de 2014, o grupo assassinou ou expulsou todos os xiitas. Em resposta, as notórias milícias xiitas insistem que foram autorizadas a lutar nas linhas de frente durante a batalha pela libertação da cidade, onde cerca de 10 mil dos antes 200 mil habitantes ainda estão entocados.

A guerra, em outras palavras, também é uma batalha por vingança. E Tal Afar é o próximo round.

O “califado” do Estado Islâmico, que Abu Bakr al-Baghdadi proclamou em julho de 2014 e que já se estendeu de al-Bab, no norte da Síria, até Tikrit, no Iraque, agora é história. A área sob controle do grupo terrorista encolheu dramaticamente. O EI perdeu Mossul no Iraque. Foi expulso de Sirte, na Líbia, e perdeu o controle sobre quase todos seus poços de petróleo. Em breve, o grupo também será forçado a entregar Raqqa, na Síria.

O ex-líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi

Entre 80% e 90% dos líderes do grupo estão mortos, neutralizados nos últimos três anos principalmente por drones e mísseis americanos. Entre os mortos estão cinco dos mais importantes comandantes do EI que, a partir de 2012, planejaram e executaram a conquista do norte da Síria. Hoje, o grupo não conta mais com uma cadeia de comando militar centralizada; cada unidade está combatendo por conta própria. Ordens não assinadas são anotadas em folhas de papel e entregues via mensageiro.

Ataques na Europa não tem conexão verificada com o grupo

Enquanto isso, na Europa, mais ataques terroristas do que nunca estão sendo cometidos em nome do Estado Islâmico e em seu espírito. Apenas neste ano, ocorreram ataques em Londres, Manchester, Paris, Estocolmo, São Petersburgo e Istambul. E isso foi antes de 15 pessoas terem sido mortas e quase 100 feridas nos ataques neste mês em Barcelona e Cabrils. O EI reivindicou a responsabilidade poucas horas após a violência.

Por mais perturbador que cada ataque individual seja, é grotescamente simples jogar veículos contra multidões, disparar um fuzil Kalashnikov contra pessoas dançando ou esfaquear alguém. Os agressores em Barcelona eram tão não sofisticados que nem mesmo foram capazes de usar garrafas com gasolina como bombas.

Em outras palavras, não há comparação com a capacidade do Estado Islâmico de 2013 de importar centenas de toneladas de explosivos de várias partes do mundo para a Síria pela fronteira turca.

Além disso, não há conexão verificável entre os perpetradores na Espanha e a liderança do EI na Síria e Iraque, e as reivindicações do EI não incluem qualquer prova de conexão. O grupo há muito colocou em movimento uma onda de terror e o Estados Islâmico não é mais necessário para mantê-la em ação. Mas o efeito pretendido dos ataques é consistente com a missão do EI: incitar o ódio e ressentimento contra os muçulmanos no Ocidente como forma de fincar uma cunha nas sociedades europeias, atraindo os muçulmanos na Europa para os braços do grupo terrorista.

Até o momento, os europeus provaram ser incrivelmente resilientes ao terror, mesmo que o final ainda não esteja em vista. Afinal, ninguém conseguiu ainda encontrar uma forma de parar esta onda de ataques, dado que a única coisa que os terroristas precisam para atacar o Ocidente é algum tipo de veículo.

O aumento dos ataques na Europa está longe de ser surpreendente. Quanto mais o EI perde território, menos o grupo tem a perder. Ele agora pode lançar ataques terroristas à vontade.

Militantes do Estado Islâmico na época da expansão sobre Raqqa

EI era mais experiente e competente quando se expandiu

Isso significa, então, que o Estado Islâmico está diante de seu fim? É preciso ter cuidado com esse veredicto. O Estado Islâmico já pareceu próximo do fim antes. Há sete anos, as forças armadas americanas juntamente com as forças de segurança iraquianas quase destruíram completamente a liderança da organização.

Em junho de 2010, generais americanos anunciaram que o grupo, que na época ainda se chamava Estado Islâmico do Iraque, tinha sido devastado. Mas os americanos apenas aceleraram uma mudança de geração entre a liderança do grupo, abrindo o caminho para a organização se transformar no monstro que começou a aterrorizar o mundo em 2014.

Os novos líderes do grupo já faziam parte da cadeia de comando do EI há algum tempo e eram tanto experientes quanto mais competentes que a maioria dos que foram mortos. Até então, a ascensão deles estava sendo bloqueada por uma falha compartilhada por todos eles: eram oficiais das forças armadas e dos serviços de inteligência de Saddam Hussein. Eram peritos em liderança militar, estruturação de órgãos de inteligência e planejamento estratégico. Resumindo, eram o tipo de pessoas que sabiam como construir um Estado.

O avanço rápido da milícia terrorista em 2014, cujo extenso planejamento foi realizado em segredo, foi obra deles. A fachada ideológica do Estado Islâmico pode ser semelhante à da Al Qaeda, mas os dois grupos são fundamentalmente diferentes. O núcleo da estratégia bem-sucedida do EI no Iraque, Síria e Líbia foi a infiltração, ataques relâmpago e, depois, a manutenção de um controle rígido sobre o território conquistado por meio da aterrorização da população. A propaganda islamita era apenas o meio escolhido para legitimar as incursões e atrair combatentes voluntários de várias partes do mundo.

A estratégia deles teria funcionado se o EI tivesse conseguido manter os ganhos territoriais conseguidos inicialmente. Mas o que pode acontecer após o mais recente colapso do grupo?

As previsões pelos especialistas variam das proclamações prematuras de vitória por parte do primeiro-ministro iraquiano até suposições de que o EI continuará atuando como grupo terrorista e focará sua violência em ataques no Ocidente. Há até mesmo uma teoria de que o grupo aceitou conscientemente a derrota em Mossul como forma de recrutar novos seguidores.

Mesmo se o EI perder o controle de suas maiores cidades, que funcionavam como símbolos da força do grupo, ele ainda continuará controlando um território significativo. Ele está lutando no momento em aproximadamente 11 frentes diferentes e não está se retirando de nenhuma delas sem lutar de forma vigorosa.

Na Síria, ele ainda detém o fértil e densamente povoado vale do Eufrates, entre a cidade de Deir al-Zor e a fronteira iraquiana, uma área para a qual acredita-se que muitos líderes do EI tenham se retirado.

Longe do topo da agenda

O vale estreito na verdade seria mais fácil de ser conquistado que as cidades, mas está localizado distante de onde as milícias curdas estão atuando, enquanto atacam Raqqa com apoio americano. Além disso, a topografia do vale é vantajosa para o EI: ambos os lados são flanqueados por terreno íngreme e deserto, facilitando para o grupo terrorista recuar rapidamente.

Talvez mais importante, combater o Estado Islâmico está longe do topo da agenda do presidente sírio Bashar al-Assad e seus aliados russos e iranianos, apesar de todas as suas alegações do contrário. Os jihadistas têm sido benéficos demais para Assad, ao permitir que ele parecesse o menor dos males aos olhos do mundo.

Também no Iraque, o exército terrorista continua a manter um vasto território além da agora sitiada Tal Afar: o distrito de Hawija, uma região de mais de 40 quilômetros quadrados de terras férteis, localizada a sudoeste de Kirkuk e lar de várias cidades, cerca de 100 vilarejos e dezenas de milhares de moradores.

Hawija foi um dos primeiros redutos do Estado Islâmico no Iraque e provavelmente será o último a cair. O distrito é um microcosmo que revela tanto a decadência da organização terrorista quanto sua resiliência. Informantes da “Der Spiegel” na região fornecem informações há meses, incluindo relatos da erosão da disciplina entre os combatentes e a liderança, além de enormes disputas entre facções concorrentes.

A polícia da moralidade, Hisbah, que patrulha os territórios controlados pelo EI, e o serviço secreto do grupo, Amniyat, têm tentado impedir os civis de fugirem da região, por exemplo. Afinal, sem um escudo humano seria mais difícil defender a região. Os combatentes do EI nas linhas de frente e nos postos de observação, por sua vez, ganham somas de dinheiro significativas para permitir que os civis passem ou para contrabandeá-los pessoalmente pelos campos minados.

“Éramos 200 em nosso grupo”, lembra uma pessoa que fugiu da área controlada pelo EI. “O homem do EI que nos tirou de lá abraçou os guardas no posto de controle. Eles se conheciam.” Nas cidades e vilarejos, dizem testemunhas, membros do EI organizam a operação de contrabando enquanto comandos do EI prendem pessoas diante da menor suspeita de que estejam se preparando para fugir.

Soldados procuram por explosivos que possam ter sido deixados pelo EI em Mossul

Terra arrasada 

Apesar de tudo isso, o Estado Islâmico continua controlando firmemente Hawija. Quando o chefe de segurança da cidade de Abbasi foi assassinado no final de junho, combatentes do EI fizeram centenas de presos e mataram sete de seus próprios homens, incluindo dois comandantes da cidade.

O fim do controle do EI em Hawija ainda parece distante, mas mesmo aqui, o fim do grupo não parece estar muito longe no futuro. Cidades e vilarejos serão destruídos e mulheres e crianças provavelmente serão enviadas como homens-bomba às linhas de frente iraquianas, enquanto as tropas iraquianas provavelmente matarão os prisioneiros. O EI deixa para trás uma terra arrasada; se ele cair, tudo mais deve cair junto. É um gosto do apocalipse, consistente com as alegações feitas pela propaganda do EI.

Mas isso não significa que todo o EI está interessado em perecer. O Estado Islâmico é composto de grupos diversos: além dos devotos e “mártires”, que preferem morrer lutando do que se entregar, há sempre os oportunistas, que sempre estiveram mais interessados em dinheiro e poder.

Enquanto o EI continuava vencendo no campo de batalha, essas divisões permaneciam em grande parte invisíveis. Agora, entretanto, em meio à crescente pressão, a situação está mudando. Em Mossul no ano passado, tornou-se aparente que muitos combatentes do EI estavam deixando a cidade enquanto outros estavam chegando, cientes de que não escapariam com vida.

O EI poderia ter entregue Mossul, salvando tanto a cidade quanto as vidas de milhares de seus próprios combatentes. Mas não o fez, em vez disso aceitando a derrota militar visando incitar ainda mais o ódio entre sunitas e xiitas. Fazê-lo transformou os sunitas em alvos de ataques por vingança e os colocou a todos sob suspeita geral de serem terroristas.

Agora, as mesmas milícias xiitas que libertaram Mossul estão destruindo sistematicamente cidades sunitas como Diyala, Babel e Tuz Khurmatu. Estão abduzindo homens jovens, que nunca mais são vistos, expulsando suas famílias e desmontando suas fábricas. Até mesmo aqueles que fugiram do Estado Islâmico não estão encontrando proteção com os inimigos do grupo. Muitas das centenas de milhares de pessoas deslocadas são impedidas de viajar para Bagdá ou para o sul do Iraque. Elas são paradas nas divisas distritais altamente policiadas e abandonadas para vegetar em campos que contam com uma miséria de suprimentos.

Disfuncional e corrupto

O investimento em ódio e vingança é uma constante estratégica para o Estado Islâmico. Até mesmo Abu Musab al-Zarqawi, fundador da Al Qaeda no Iraque, que precedeu o Estado Islâmico, começou a transformar a maioria xiita iraquiana em alvo do terror em 2003, em vez de buscar atacar inimigos distantes nos Estados Unidos e na Europa.

O cálculo é simples: as represálias xiitas empurrariam os sunitas diretamente aos braços do Estado Islâmico. E foi exatamente o que aconteceu em 2014. Em Mossul, Tikrit e em outras partes, muitos sunitas receberam os invasores do EI como libertadores.

Desta vez, nada ficará no caminho dos excessos dos vitoriosos após derrotarem o grupo terrorista, considerando de modo particular que nos últimos anos as milícias xiitas se transformaram em um exército paralelo assustador e multinacional que luta tanto na Síria quanto no Iraque, composto de recrutas do Paquistão e Afeganistão, além de apoiadores do Hizbollah, todos controlados pela Guarda Revolucionária do Irã.

O governo dominado pelos xiitas em Bagdá, por outro lado, é tão disfuncional e corrupto que nem mesmo consegue prover a seu próprio povo, muito menos à população sunita. Em um dos países mais ricos em petróleo do mundo, um terço da população vive abaixo da linha de pobreza e o Estado nem mesmo consegue pagar muitos de seus funcionários públicos. Igualmente, ainda não há planos ou dinheiro para a reconstrução de Mossul. E isso assegurará que o ódio sobreviverá, assim como a sede por vingança. Uma nova geração de jihadistas surgirá, já que não há escassez de raiva.

Uma coisa, entretanto, é insubstituível: toda uma geração de líderes militares e do serviço secreto que o EI tornou mais poderosa do que nunca. No auge de seus poderes, a organização controlava um território de 100 mil quilômetros quadrados com vários milhões de habitantes. Um vasto aparato mantinha esse novo império em operação.

Mas a proclamação do califado também tornou o Estado Islâmico vulnerável. Sua visibilidade o transformou em alvo. Em agosto de 2014, quando Washington finalmente se juntou à batalha contra a organização terrorista, teve início uma escalada na qual o EI só poderia perder.

A execução de reféns americanos e britânicos juntamente com os ataques terroristas na Europa e Turquia não contribuíram em nada para desencorajar os países pertencentes à coalizão anti-EI. Pelo contrário. A declaração de guerra a todo o mundo pode ter sido boa para o EI do ponto de vista de relações públicas, mas o califado não tinha como responder aos ataques aéreos que se seguiram.

Supostos combatentes do EI são detidos em Qaraqosh, no Iraque

Lideranças removidas dos locais de risco 

Alguns mesmo assim continuaram lutando. Mas outros não. Logo após o início do ano, um grupo de novos comandantes e pequenas unidades de elite desapareceram sem deixar vestígio. O Estado Islâmico declarou muitos deles mortos, dizendo que foram vítimas dos vários ataques aéreos.

Mas as agências de inteligência ocidentais sabiam a partir de fontes dentro do Estado Islâmico mais ou menos onde os terroristas estavam. “Sabemos de pelo menos dois ou três casos onde a pessoa em questão não estava presente no local onde supostamente morreu”, diz uma autoridade de inteligência europeia. Isso parece indicar que foram discretamente removidas dos locais de risco.

No final de março, o canal de notícias do EI “Amaq” semeou pânico entre os moradores de Raqqa quando anunciou que a Barragem de Tabqa rio acima tinha sido bombardeada pelos americanos e estava prestes a ceder. Todos os moradores foram avisados para fugir imediatamente, o que fizeram. A cidade foi esvaziada em um dia. Poucas horas depois, veio a ordem para retorno: a represa não iria ceder. O EI sabia que a represa não corria risco, então por que espalhou intencionalmente o rumor falso?

Segundo um combatente do EI de Raqqa, que fugiu no início de abril, a evacuação em massa foi uma distração bem planejada. “Isso permitiu à liderança deixar a cidade sem se expor aos drones”, o homem disse à “Der Spiegel” no fim de maio. A evacuação dos civis foi usada como escudo humano.

Na virada do ano, o líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, foi levado à Síria pelo vilarejo de Asaviyah, a sudoeste de Hawija. O EI já tinha reunido vários combatentes lá no final de outubro. A viagem ocorreu em segredo, mas o EI se gabou depois de ter trazido seu líder em segurança.

O governo americano confirmou a partida de Baghdadi do Iraque semanas depois. Mas quando a morte de Baghdadi foi noticiada pela enésima vez no início de julho, a notícia se baseava em uma única fonte: dentro do EI, circulavam rumores de que o líder do Estado Islâmico não estava mais vivo. A notícia podia ser verdadeira, ou podia ter sido plantada de propósito para aliviar a pressão sobre Baghdadi.

Ganhando tempo 

Então, o que virá a seguir? Enquanto o grupo contar com jihadistas suficientes dispostos a lutar até a morte e um número suficiente de crianças-soldado sequestradas, ele provavelmente continuará deixando um vilarejo atrás do outro ser destruído em batalhas assassinas.

Mas o EI há muito evacuou parte de sua liderança, de seus combatentes de elite e suas imensas reservas de ouro, grande parte delas saqueadas de Mossul em 2014. Ele o fez para poder continuar lutando onde sempre teve mais mobilidade: de forma clandestina. Dessa forma ele pode se reorganizar, ganhar tempo e então surgir com um nome diferente e, talvez, com um novo perfil.

O gatilho decisivo para o EI ter passado a operar de forma aberta em 2013 foi a perspectiva de estabelecimento de seu próprio Estado. Assim, quão boas são as chances de que retornará? A marca Estado Islâmico está esgotada, mas ainda é útil para fins de propaganda. Nada provoca ataques de drones americanos de forma mais confiável do que a bandeira preta e branca do EI.

Além disso, as condições no Oriente Médio (a profunda desconfiança entre xiitas e sunitas, as guerras e a falta de controle do Estado) são perfeitas para a ascensão de um novo grupo de combatentes sunitas. A partir de 2010, a liderança do EI teve a paciência, as ideias e a disciplina para tirar proveito dessas condições para criação da organização terrorista mais poderosa do mundo.

Hoje, essa liderança não mais existe. Assim, a questão decisiva é: terá um número suficiente de comandantes e planejadores competentes sobrevivido, ou existe um número suficiente de substitutos capazes, para manter o EI unido na clandestinidade?

Se sim, então um agente de inteligência europeu, um homem que monitorou intensivamente a ascensão do Estado Islâmico muito antes de 2014, pode estar certo. “Eles sempre tiveram um Plano B, um Plano C e um Plano D”, ele diz. “Não há motivo para não acreditar que nos surpreenderão de novo.”

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