JÚLIA BARBON – Eram 5h40, ainda estava escuro. Maria, 45, caminhava as três quadras diárias até seu carro para mais um dia de trabalho quando um homem de moto parou ao seu lado.
“Eu quero você”, disse, sem rodeios, e começou a atirar dezenas de notas de dinheiro em sua direção. “Faz um boquete que eu te dou toda essa grana”, ele falou. Depois desceu da moto e tocou em seus seios e em sua genitália. Só a soltou quando ela começou a chorar e implorar para que parasse.
Maria, que teve seu nome alterado para não ser identificada, não foi a única vítima desse assediador. “O guarda da rua disse que depois ele fez isso com mais cinco pessoas”, conta ela. Tampouco foi a primeira ou a última vítima de assediadores no país.